ÉVORA, uma cidade-museu em Portugal
Évora é uma das mais belas cidades históricas no coração do Alentejo. É, sem dúvida, um dos grandes tesouros de Portugal.
Conhecer Évora, é voltar no tempo através do rico legado deixado, pelos povos célticos, romanos, visigodos, mouros e pelas longas permanências da monarquia portuguesa. Não é à toa que é chamada de “Cidade-Museu”.
Cada monumento de Évora evoca um período diferente da história. O Templo de Diana remete ao romanos, os edifícios e arcadas da Praça do Giraldo lembram os 450 anos de domínio mouro. A Igreja de São Francisco ostenta o estilo gótico-manuelino.
Évora tem uma forte identidade lusitana, evidente no conjunto de casas caiadas e pátios forrados de azulejos.
No Século XVI, já havia a segunda Universidade do país (a primeira era Coimbra) e tinha mais habitantes que a cidade do Porto.
A fixação da corte real em Évora, atraiu para a cidade não só a nobreza mas também levou ao estabelecimento de numerosas ordens religiosas, que fundaram um grande número de igrejas e conventos. Artistas, arquitetos e engenheiros acompanharam a realeza e são eles os responsáveis pela construção de igrejas, palácios e casas, bem como pela rede de abastecimento de água (aqueduto), e pelas diversas fontes existentes na cidade.
O conjunto monumental que esses tempos áureos legaram à cidade e a sua preservação, justificam a classificação como Patrimônio Mundial da Humanidade desde 1985, pela UNESCO.
Évora está aproximadamente 135km de distância de Lisboa, a cidade pode ser conhecida num “bate-e-volta” a partir da capital portuguesa. A maior parte das atrações está concentrada na Cidade Velha, cercada por muralhas medievais. Em pouco mais de duas horas de caminhada, você visita quase dois mil anos de história.
Alentejo é um destino gastronômico e enológico de primeira linha. As receitas alentejanas são mais picantes do que a maioria dos pratos portugueses, com um uso mais ousado de condimentos como o coentro. Grande parte dos excelentes presuntos do país e outros produtos, como os famosos porcos de patas pretas, vem desta região. Muitas sobremesas clássicas portuguesas foram inventadas nos conventos de Évora durante o Século XVI, entre elas um favorito local, o pão de rala, produzido pelas freiras de Santa Helena do Calvário. E os excelentes vinhos da região incluem brancos perfeitos para o calor do verão e tintos encorpados que, nos meses mais frios, são perfeitos. Não hesite em sentar-se e provar uma refeição tradicional de Carne de Porco à Alentejana (com amêijoas e coentros) e um copo do rico vinho regional.
Visto
Para a maioria dos países da Europa, brasileiros não precisam de visto. No entanto, com o intuito de aumentar a segurança do território, os 26 países signatários do Tratado de Schengen passarão a exigir uma autorização eletrônica. O ETIAS (Sistema Europeu de Informações e Autorização de Viagem) é definido como um visto não tradicional e a partir de 2021 todos os cidadãos provenientes de países já isentos de visto para viajar pela Europa – Brasil e outras 14 nações latino-americanas, precisarão providenciá-lo antes de sair de casa.
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Como Chegar
Carro
A partir de Lisboa são 135 Km e o percurso até Évora leva aproximadamente 1:15 de duração, seguindo as auto-estradas A-2 e A-6. Do Porto são 370 Km.
Em função da sua posição geográfica dentro da cidade de Lisboa, poderá optar pela Ponte 25 de Abril (A2) ou Ponte Vasco da Gama (A12). Se preferir esta última, após cerca de 40 Kms percorridos, terá que mudar para a A2 (não seguindo em direção a Setúbal). Um pouco mais à frente (20 Km) terá que abandonar a A2 e seguir pela A6 em direção a Évora.
Da Espanha (Badajoz) – 100 Km (1h de duração média da viagem)
O percurso é extremamente simples, seguir pela A6 durante 83 Kms após a fronteira. Na indicação para Évora deve sair da Auto-Estrada e fazer os restantes 10 Kms na N18.
Do Algarve (Faro) – 225 Km (2h30m de duração média da viagem)
Terá que pegar a ligação entre a Via do Infante (A22) e a A2 em direção a Lisboa. Na A2, perto de Ourique, deverá tomar o desvio para o IP2/N18 em direção a Beja e seguir nessa estrada até Évora.
Ônibus
A viagem dura cerca de 3 horas. Consulte www.rede-expressos.pt
Trem
Sai da estação Santa Apolónia, em Lisboa. Consulte www.cp.pt.
Melhor época
As estações mais agradáveis para visitar Portugal são a Primavera (especialmente os meses de Abril, Maio, Junho, e Setembro). Em Julho e Agosto tudo fica mais caro e concorrido, época de férias na Europa. Sem contar que a parte central do Alentejo costuma apresentar temperaturas acima dos 40ºC.
Hotéis
Convento do Espinheiro – A Luxury Collection Hotel & SPA, Convento do Espinheiro, Canaviais, 7005-839 Évora,
☎: +351 266 788 200 Fax: 266 788 229
Este magnifico hotel de 5 estrelas fica localizado a 2 kms das muralhas da cidade de Évora. Está instalado num convento do Século XV rodeado por 8 hectares de belos jardins. O centro da cidade de Évora fica a 10 minutos de carro deste luxuoso hotel.
As comodidades incluem um spa, campo de tênis, piscinas interior e exterior e um centro de fitness. Com áreas entre os 32 e os 60m2 alguns quartos têm ainda um terraço privado. A degustação de vinho de cortesia está disponível diariamente, às 18:00 h.
O Restaurante Divinus serve uma mistura de cozinha mediterrânea e portuguesa, e dispõe de uma grande seleção de vinhos.
Tem estacionamento gratuito.
M’ar de Ar Aqueduto, Rua Cândido dos Reis, 72, 7000-782 Évora ☎: +351 266 740 700
Este hotel boutique de 5 estrelas ocupa um palácio do Século XVI e oferece vista para o aqueduto de Évora. Está situado a 600 metros do Templo de Diana, da Catedral de Évora e da Praça do Giraldo. A Capela dos Ossos encontra-se a 800 metros do hotel.
O spa do Hotel disponibiliza uma ampla gama de tratamentos e massagens, incluindo aromaterapia e tratamentos à base de lama. Os hóspedes poderão também relaxar no banho de vapor ou na sauna.
O Restaurante Degust’AR serve uma mistura criativa de sabores alentejanos e mediterrâneos e está aberto para almoços e jantares.
Pousada Convento de Évora (dos Lóios), Largo Conde Vila Flor, 7000-804 Évora ☎: +351 266 730 070
Localizada no Centro histórico de Évora, em frente ao Templo Romano, numa linda propriedade (o Convento dos Lóios).
Os quartos standards, são pequenos (10 m2) já que eram as celas dos monges. Tem estacionamento gratuito, com manobrista, na frente da Pousada.
Os hóspedes podem desfrutar de pratos portugueses no restaurante da Pousada, que dispõe de um elegante salão de jantar interior e um terraço coberto junto à piscina.
História
Pedras monumentais localizadas na região de Évora, possivelmente surgidas há mais de 5.000 anos, são vestígios de que a cidade já era ocupada desde a pré-história. Acredita-se, destinadas a ritos funerários e outros cultos,
Um dos mais notáveis monumentos deste tipo próximos à cidade é o Cromeleque dos Almendres, (cromeleque – círculo de pedras pré-histórico), sendo o maior de seu tipo na Península Ibérica e um dos maiores da Europa.
Escavações arqueológicas, porém, não demonstraram até agora se a área da atual cidade era habitada antes da chegada dos romanos. Alguns autores, porém, atribuem a fundação da cidade a uma tribo pré-romana, os Eburones. O nome desta tribo deriva do vocábulo celta antigo eburos (teixo).
Évora localizava-se no território dos célticos, uma confederação tribal a sul do rio Tejo.
Évora, durante a ocupação da península ibérica, foi elevada à categoria de municipium por Júlio César com o nome de Ebora Liberalitas Julia. Neste período, a cidade foi beneficiada com uma série de transformações urbanísticas, das quais o Templo Romano de Évora – dedicado provavelmente ao culto imperial, é o vestígio mais importante que sobreviveu aos nossos dias. A cidade tinha ainda uma muralha de 1080 m de perímetro, construída no Século III em um contexto de instabilidade do Império, com quatro portas nos pontos cardeais. A partir destas portas a cidade estava conectada ao sistema viário romano, que a ligava às outras cidades da Península. Alguns pedaços da muralha ainda existem, incorporados a construções posteriores. Durante as invasões bárbaras a cidade de Évora esteve sob domínio visigodo.
Mais tarde em 714 Évora foi tomada pelos Mouros. O domínio mouro da cidade, então chamada Yabura (Yabora ou Yabra), não foi isento de conflitos. Em 913, Ordonho II da Galiza cercou a cidade e, graças ao mau estado das muralhas romanas, tomou-a e massacrou a população. O governador, Marwan Ibn Abd al-Malik ibn Ahmad, foi morto numa mesquita, e Ordonho abandonou a cidade com 4 mil prisioneiros de guerra, entre mulheres e crianças. Já em 914 a cidade foi repovoada e a muralha da cidade foi reconstruída seguindo o traçado do muro romano da Antiguidade.
Nos Século XI e XII, sob os mouros, a cidade conheceu um novo período de esplendor econômico e político, graças a sua localização privilegiada.
Évora cresceu para fora das muralhas, originando subúrbios na zona extramuros. Ao sul era habitado por mouros, ao norte pela comunidade moçárabe (subúrbio de S. Mamede) e, a oeste, localizava-se os judeus. Após a reconquista, os mouros foram assentados a norte, no antigo subúrbio moçárabe de S. Mamede, que foi convertido em moraria, bairro onde viviam os mouros. Essa zona é, até hoje, a que mais guarda sinais do urbanismo mouro na cidade.
A tomada de Évora dos mouros deu-se em 1165 pela ação do cavaleiro Geraldo Sem Pavor, responsável pela reconquista cristã de várias localidades alentejanas. Inaugurou-se assim uma nova etapa de crescimento da Évora, que chegou ao Século XVI como a segunda cidade em importância do reino.
Entre os Séculos XIII e XIV foi erguida a Catedral de Évora, uma das mais importantes catedrais medievais portuguesas, construída em estilo gótico e enriquecida com muitas obras de arte ao longo dos Séculos.
A partir do Século XIII instalam-se na cidade vários mosteiros de ordens religiosas nas zonas fora das muralhas, o que contribuiu para a formação de novos centros aglutinadores urbanos.
O Século XVI corresponde ao auge de Évora no cenário nacional, transformando-se num dos mais importantes centros culturais e artísticos do reino. A partir de D. João II e especialmente durante os reinos de D. Manuel e D. João III, Évora foi favorecida pelos reis portugueses, que passavam longas estadias na cidade. Famílias nobres instalaram-se na cidade e ergueram palácios. D. Manuel construiu seu Palácio Real em Évora, em uma mistura de estilos entre o mudéjar, o manuelino e o renascentista. D. João III ordenou a construção da Igreja da Graça, belo templo renascentista onde planejou ser sepultado, e durante seu reinado foi construído o Aqueduto da Água de Prata por Francisco de Arruda.
Em 1540 a diocese de Évora foi elevada à categoria de arquidiocese e o primeiro arcebispo da cidade, o Cardeal Infante D.Henrique, fundou a Universidade de Évora (Pertencente à Companhia de Jesus) em 1550. Em 1759, foi a extinção da prestigiada instituição universitária, (que só seria restaurada cerca de dois séculos depois), na sequência da expulsão dos Jesuítas do país, por ordem do Marquês de Pombal.
No Século XIX, Évora passou por muitas transformações urbanísticas, algumas de discutível qualidade. Na Praça do Giraldo, a cadeia e a antigo Palácio Municipal foram demolidos e em seu lugar foi levantado o edifício do Banco de Portugal, enquanto que a sede do Município foi transferida para o Palácio dos Condes de Sortelha, na Praça do Sertório. O Convento de S. Francisco também foi demolido (a igreja gótica foi poupada) e em seu lugar foi construído um novo quarteirão habitacional e um mercado. No Convento de S. Domingos foi erguido o Teatro Garcia de Resende. As muralhas medievais foram em grande parte preservadas, mas das antigas entradas, apenas a Porta de Avis foi mantida. No Século XX foi construído um anel viário ao redor do perímetro da muralha, o que ajudou na sua preservação.
Fonte:
Breve história da nossa cidade – Évora
Évoraturismo – Site Oficial de Turismo do Concelho de Évora
Principais Atrações
A maior parte das atrações concentra-se dentro das muralhas medievais da Cidade Velha, como a Catedral gótica e a Igreja dos Lóios. O labirinto de ruelas pode ser visitado a pé, e vias com nomes pitorescos, como a Travessa do Pão Bolorento e a Rua do Imaginário.
Templo Romano de Évora
Também conhecido (erradamente) como Templo de Diana, está situado no ponto mais alto da cidade, no Largo do Conde de Vila Flor. É um dos mais grandiosos e mais bem preservados templos romanos de toda a Península Ibérica, tendo sido considerado Patrimônio Mundial pela UNESCO em 1986. É o cartão-de-visita da cidade, tão conhecido como a Capela dos Ossos.
De estilo coríntio, foi construído no centro do fórum (praça principal), no início do Século I, d.C. Durante a época de Augusto, quando Évora era conhecida como Liberalitas Julia.
Sofreu várias alterações ao longo dos séculos, começando no Século V com as invasões bárbaras, quando foi praticamente todo destruído. No Século XIV, o Templo, que havia sido incorporado numa das torres do Castelo de Évora, foi usado como um açougue, sendo graças a essa utilização que os restos do templo foram protegidos de uma maior destruição.
Apesar de todas as modificações e destruições de que foi objeto, o Templo Romano de Évora mantém a sua planta original. Uma base de blocos de granito, em formato retangular, medindo 15m de largura, 25m de comprimento e 3,5m de altura. No seu lado sul existia uma escadaria que agora se encontra em ruínas.
Ainda hoje este monumento é conhecido como Templo de Diana por muitos portugueses e mesmo eborenses. Apesar do nome, não fazia alusão à deusa da caça. Vários historiadores defendem que seria uma homenagem a Esculápio e outros, ao imperador Augusto. O fato é que as ruínas do outrora majestoso templo carregam em seu DNA (várias vezes modificado por invasores) fatos marcantes da história de Portugal.
Praça Giraldo
Foi construída entre 1571/1573, e era onde ficava o primeiro mercado da cidade. A Praça do Giraldo é uma homenagem a Geraldo Geraldes, o “Sem Pavor”, pois este conquistou Évora dos mouros em 1167. Em agradecimento por este enorme feito, D. Afonso Henriques nomeou-o alcaide da cidade e fronteiro-mor do Alentejo, região que ajudaria a conquistar.
Com o passar dos anos a Praça do Giraldo tornou-se a principal praça da cidade, conhecida então por Praça Grande. De um lado está a Igreja de Santo Antão (1557) fundada pelo Cardeal-Infante D. Henrique, e do outro situam-se os Paços do Conselho (Câmara Municipal). Havia também o pelourinho, a “Casa de Ver o Peso” (que verificava se os pesos e medidas não eram falsificados), os Estáus da Coroa (estalagem real).
O chafariz da Praça do Giraldo é o cartão-postal da cidade, foi construído em 1571, em estilo barroco, pelo arquiteto Afonso Álvares. É de mármore e tem 8 bicas, cada uma associada a cada rua principal da Praça do Giraldo. É aconselhável não beber a água das bicas, pois os pombos da cidade apoderaram-se da fonte e se refrescam nas horas do calor!
Por baixo das arcadas da praça encontra-se o famoso Café Arcada, com alguns dos melhores bolos da cidade.
Catedral de Évora ou Sé, Largo Marquês de Marialva Évora ☎: +351 (26) 675-9330
É a maior Catedral medieval de Portugal, seu verdadeiro nome é Basílica de Nossa Senhora da Assunção, paralelamente com o Templo Romano, um dos mais emblemáticos monumentos da Cidade de Évora. Localizados praticamente lado a lado, marcam duas épocas da história separadas no tempo, mas que seguramente ilustram a importância do local em cada um desses períodos.
A data da sua construção é bastante discutida entre os historiadores; segundo a versão tradicional, o início foi no Século XII, em 1186, quando D. Paio foi nomeado como Bispo de Évora. Esta tese é baseada em registos existentes no Arquivo da Sé de Évora, de 1470. No entanto, a historiadora Trindade afirma que a Sé de Évora “começou a ser construída cerca de 1280, tendo anteriormente existido um outro edifício sede de diocese”.
Do ponto de vista arquitetônico, a Catedral de Évora é uma das mais importantes manifestações da arquitetura gótica no Sul de Portugal. O pórtico da entrada principal é considerado um dos mais impressionantes portais góticos portugueses, com seis arquivoltas e um apostulado em escultura talhada em mármore de autoria desconhecida.
Do conjunto fazem parte a igreja propriamente dita e o claustro. Pode observar-se a “torre-zimbório”, as duas torres sobre a fachada principal “torre dos azulejos” e “torre lanterna ou do relógio” e ainda, a parte mais recente da velha construção, construída com materiais distintos, a “capela-mor”.
O crucifixo da capela, chamado de Pai dos Cristos, é um importante elemento da Catedral, e fica por cima da pintura de Nossa Senhora da Assunção e dos bustos de São Pedro e São Paulo. Há duas torres na Catedral, mas é a da parte sul que é responsável pelos sinos da Basílica.
A imponência da Sé de Évora pode ver-se também nas três grandes naves no seu interior. Na mais alta das três, a nave central, encontra-se o altar de Nossa Senhora do Anjo (ou Nossa Senhora do Ó). Todo ele em talha barroca, com imagens góticas da Virgem Maria em mármore e do Anjo Gabriel. Também na nave central, podem admirar-se o púlpito e um lindíssimo órgão de tubos do período renascentista.
A Catedral de Évora inclui ainda um Museu de Arte Sacra com um espólio valiosíssimo nas áreas da paramentaria, pintura, escultura e ourivesaria. Dentre várias peças guardadas destacam-se, uma Virgem do Século XIII (Nossa Senhora do Paraíso), a Cruz-Relicário do Santo Lenho (século XIV), o Báculo do Cardeal D. Henrique e a galeria dos Arcebispos. Este Museu encontra-se instalado no antigo Colégio dos Moços do Coro da Sé, edifício adjacente à catedral.
O claustro, de aspecto robusto, em estilo gótico foi construído entre 1322 e 1340. Cada canto está decorado com a estátua de um evangelista. No terraço do claustro tem uma vista panorâmica sobre Évora. Uma capela anexa alberga o túmulo do bispo fundador, bem como estátuas de São Gabriel e uma Virgem policromada.
A Catedral abre de segunda a domingo das 9h às 12h e das 14h às 16:3h. Ela fica no Largo do Marquês de Marialva e sua entrada é paga, custando 1,50€ para visitar a Catedral e 2,50€ para fazer a visita também ao Claustro. Os estudantes e maiores de 65 anos pagam 2€ pelas duas visitas.
Capela dos Ossos- Igreja de São Francisco, Praça 1º de Maio
A Capela dos Ossos foi edificada no Século XVII por iniciativa de três frades franciscanos cujo objetivo era transmitir a mensagem da transitoriedade e fragilidade da vida humana. Esta mensagem é claramente passada aos visitantes logo à entrada, através do aviso: “Nós ossos que aqui estamos, pelos vossos esperamos”. Mostra, no fundo, o macabro gosto do homem barroco pela necrofilia.
Dedicada ao Senhor dos Passos, imagem conhecida dos eborenses como Senhor Jesus da Casa dos Ossos. Esta imagem representa de forma impressionante e vívida o sofrimento de Cristo na sua caminhada até ao calvário com a cruz às costas.
A capela é formada por três naves de cerca de 18,70m de comprimento e 11m de largura. A luz natural entra estrategicamente nestas naves apenas por três pequenas frestas do lado esquerdo. É um local bastante escuro!
As paredes da Capela dos Ossos e os oitos pilares que a constituem encontram-se revestidos com ossos e crânios humanos, cuidadosamente dispostos, ligados por cimento pardo. As abóbadas são de tijolo rebocado a branco e pintadas com motivos que simbolizam ou aludem à morte. Para além das ossadas, a Capela dos Ossos, está também decorada com estátuas de cariz religioso e uma pintura estilo renascentista e barroco.
As arcarias apresentam-se ornamentadas com filas de caveiras, cornijas e naves brancas. Calcula-se que sejam cerca de 5000 as caveiras humanas que ali se encontram, entre inúmeros ossos, provenientes das sepulturas da igreja do convento e de outras igrejas e cemitérios da cidade.
No Século XVI existiam perto de quarenta e dois cemitérios monásticos na cidade, os quais ocupavam demasiado espaço. Em jeito de solução, aqueles monges extraíram os ossos do chão e utilizaram-nos para construir e “decorar” esta capela.
Poema exibido em um quadro na capela do Ossos:
“As caveiras descarnadas
São a minha companhia,
Trago-as de noite e de dia
Na memória retratadas
Muitas foram respeitadas
No mundo por seus talentos,
E outros vãos ornamentos,
Que serviram à vaidade, E talvez… na eternidade, sejam causa de seus tormentos”
Fundação Eugênio de Almeida, Páteo de São Miguel, Apartado ☎: +351 266 748 300 Email: geral@fea.pt
É um espaço renovado destinado às artes e à cultura. Abriu em Julho de 2013, depois de uma remodelação do antigo Palácio da Inquisição. As exposições centram-se essencialmente na arte contemporânea, abrangendo fotografia, pintura, escultura e etc…
No exterior do edifício, encontramos o Páteo de Honra, o Jardim Norte e o Jardim das Casas Pintadas, uma galeria com pinturas murais palacianas da segunda metade do Século XVI. Este conjunto de afrescos renascentistas sagrados e profanos é único em Portugal.
A Fundação Eugénio de Almeida tem como objetivo o desenvolvimento cultural, educativo e social da região.
Criada por Vasco Maria Eugénio de Almeida, trabalha para promover o desenvolvimento econômico e um maior equilíbrio social da sua comunidade. É bem conhecida pelo país mais pelo que diz respeito à produção de vinho do Alentejo na Adega da Cartuxa.
O principal rótulo de sua carta, seu vinho mais famoso é o Pêra Manca tinto, e o Pêra Manca Branco, sugiro fazer uma visita guiada com um sommelier, que irá exibir um filme sobre a empresa, seguida de uma degustação harmonizada com os vinhos da Fundação.
Museu de Évora, Largo do Conde de Vila Flor, 7000-804 Évora
As origens do museu remontam a 1804, quando o arcebispo de Évora Frei Manuel do Cenáculo, colecionador eclético, criou a Biblioteca Pública de Évora.
A coleção iniciou-se na década de 1870, com peças romanas, visigóticas e árabes, recolhidas do Templo Romano, do Palácio D. Manuel e da Praça do Giraldo, pelo diretor da Biblioteca Pública, Dr. Augusto Filipe Simões.
Oficialmente, o Museu de Évora foi criado em 1915, no antigo palácio dos bispos e reformado em 2009. Sua coleção contabiliza em cerca de 20.000 objetos, incluindo peças arqueológicas, de artes plásticas e decorativas (pintura, escultura, desenho, ourivesaria, cerâmica, mobiliário e têxteis). Tanto pela quantidade como pela qualidade de muitas das peças do seu espólio, o Museu de Évora, pode ser considerado um dos mais importantes de Portugal.
Hoje em dia, o destaque do Museu de Évora vai para um conjunto de 19 painéis remanescentes do retábulo, 13 com cenas da vida da Virgem Maria e 6 painéis menores com cenas da Paixão de Cristo, pintados em meados do Século XV por desconhecidos da escola de Bruges. Existem ainda, pinturas de artistas conhecidos como Francisco Henriques, Garcia Fernandes, Mestre do Sardoal, Theniers, Avercamp, Avelar Rebelo e outros.
Horário: 10:00-18:00 (quarta-feira à domingo), 14:00-18:00 (terça-feira) e (fecha na segunda-feira)
Localizado dentro da muralha de Évora, em frente ao templo romano. Este palácio, pertencente desde a sua fundação, à família dos Duques de Cadaval. Apresenta uma excepcional combinação dos estilos mudéjar, gótico e manuelino.
Foi construído no Século XIV, à mando do Martim Afonso de Melo, servidor do Mestre de Avis, sobre as romano-visigodas Muralhas de Évora, que faziam parte do antigo Castelo de Évora. Na sua origem tinha como nome, Palácio da Torre das Cinco Quinas.
Como o Palácio de D. Manuel, também este foi a casa de vários monarcas, como D. João II, D. João IV e D. João V, bem como D. Fernando II quando este foi acusado da conspiração contra o rei D. João II. O fim deste rei foi a decapitação em plena Praça do Giraldo, em 1483.
Hoje em dia, é visitado por muitos turistas que o visitam, pela riqueza do seu passado e pela sua beleza arquitetônica. Ao lado, encontramos a simples mas bonita Igreja dos Lóios (Igreja de S. João Evangelista).
Abertas ao público, existem salas de exposição da Casa Cadaval, onde encontramos uma coleção de códices iluminados, pintura, armaria e esculturas. As peças em exposição provêm do Século XV ao Século XVIII.
Desde 1994, o palácio recebe o “Festival Évora Clássica”, mais tarde “Festival de Músicas Sagradas de Évora”.
Jardim Público
Construído entre 1863 e 1867 em área de 3,3 hectares, sendo uma área arborizada especialmente com espécies exóticas.
Sua concepção corresponde à concretização do ideal romântico dos jardins do Século XIX e à função de espaço social para as elites e classes em ascensão. O local tem características dos jardins da época. Este jardim um lugar ideal para unir cultura e lazer.
Museu do Artesanato e do Design – MADE
Este museu em Évora, encontra-se no mesmo local onde antes estava o Museu do Artesanato. Desde 2011, o espaço passou a ter também representada a vertente de design, incluindo uma coleção de design industrial (Século XX).
As peças dos artesãos alentejanos continuam em exposição, com destaque para as feitas em cortiça ou madeira, olaria, tapeçaria,… Os ofícios tradicionais do Alentejo estão, assim, representados no Real Celeiro Comum de Nossa Senhora da Piedade em Évora.
Horário: 9h30-13h00 / 14h00-18h30 (fecha na segunda-feira)
Museu do Relógio
A história deste museu começou em 1972, quando António Tavares d’Almeida, o principal dinamizador deste museu, herdou dos seus avôs três relógios de bolso avariados. Desde então, coleciona relógios de todo o mundo. Em 1955, apresentou a sua coleção ao público e doou cerca de 400 relógios ao museu. Da mesma forma tão apaixonado, o seu filho Eugénio, continua o seu hobbie dando vida a este museu, colecionando todo tipo de relógios.
Situado em dois locais, um dos quais encontra-se instalada no Palácio Barrocal da cidade de Évora, junto à famosa Praça do Giraldo. Enquanto que o outro local está no Convento do Mosteirinho, junto à praça da República, em Serpa.
Este museu conta com mais de 2300 peças mecânicas que datam desde o ano de 1630 até aos dias de hoje, contando com exemplares de bolso, de pulso, de sala entre outros. Além disso, um dos locais do museu é dedicado à relojoaria nacional, que acolhe também várias exposições temáticas temporais.
Compras
Chiado, rua dos Caldeireiros, 19, Évora ☎: +351 (960) 473-164
Loja de design, com objetos de decoração, acessórios de moda e também jóias em prata e ouro. A maioria é criação de nomes nacionais, mas também há grifes estrangeiras.
Fábrica de Rebuçado, Rua Eng. Luis Mira Amaral,Zona Industrial CACE, Pavilhão C1 Portalegre ☎:+351 (24) 534-1087
Há mais de 400 anos eles são feitos da mesma maneira: pequenas bolinhas de uma massa fina e delicada à base de ovos, seladas com uma crocante calda de açúcar. Os rebuçados de Portalegre fizeram fama como os melhores de todo o país e, antes que desaparecessem de vez, um empresário local resgatou os sabores de sua infância e montou uma linha de produção à moda antiga.
Restaurantes
Fialho, Travessa dos Mascarenhas, 16, Évora
☎: +351 26 670-3079
Situado no centro histórico de Évora, em um ambiente rústico e elegante, foi fundado em 1945 por Manuel Fialho. Mais do que um restaurante é uma instituição em Évora, muitas vezes considerado o melhor restaurante em Portugal, pela cozinha Alentejana. Funcionários atentos e muito cordiais. É importante fazer reserva com antecedência, pois o restaurante é sempre cheio.
Enoteca Cartuxa, Rua Vasco da Gama, 15, ☎: +351 26 6748348
Localizado no centro de Évora, na frente do templo romano. Um espaço que celebra os grandes vinhos da adega Cartuxa e da Fundação Eugênio de Almeida, incluindo o Pêra-Manca, acompanhados pelos aromas e sabores da gastronomia do Alentejo. Possui uma boa adega para se comprar vinhos.
Botequim da Mouraria, Rua da Mouraria, 16-A,
☎: +351 266 746 775
O espaço do Botequim da Mouraria, discreto e pequeno, ambiente familiar, não tem mesas, apenas um balcão para uma dúzia de comensais. mas, em compensação, tem a alegria e os conhecimentos de Domingos Canelas e a competência da mulher, Florbela, na cozinha, pequena em tamanho e grande nos resultados. Deixe-se levar pelas sugestões da casa, pelos pratos do próprio dia, e faça uma grande viagem pelos melhores sabores do Alentejo.
Tasquinha do Oliveira. Rua Cândido dos Reis, 45.
☎: +351 266 744 841
Restaurante pequeno, com apenas 12 mesas, com atendimento personalizado e simpático, pelo Seu Manoel e sua esposa Carolina e a comida maravilhosa! São apenas 3 pessoas trabalhando no restaurante, por isso, as vezes precisamos aguardar um pouco.
Pão de Rala, Rua do Cicioso, 47. 7:30h-19:30h.
☎: +351 266 707 778
Confeitaria muito acolhedora, com as paredes decoradas com azulejos e quadros com fotografias de figuras públicas que por ali passaram e o melhor de tudo, uma vitrine repleta de doces tradicionais e conventuais.
Especializada nas iguarias seculares, como sopa dourada e queijadas de amêndoa. O pão de rala, que leva amêndoa, ovos e gila (uma espécie de abóbora, especial para fazer doces).