São Petersburgo

São Petersburgo, a cidade mais bela da Rússia!

A cidade de São Petersburgo, na Rússia, é uma das cidade mais belas da Europa. Situada à beira do mar Báltico, às margens do rio Neva, a ex-capital do império Russo, transpira nobreza e glamour. Largas avenidas e canais fazem parte do cenário da cidade, que possui um Centro Histórico e um grupo de monumentos tombado pelo Patrimônio mundial da UNESCO. 

O estilo Barroco dominou a cidade pelos primeiros sessenta anos. Na década de 1760, a arquitetura barroca foi substituída pelo Neoclássico. Por volta dos anos 1840, a arquitetura Neoclássica deu lugar a vários estilos românticos, que permaneceriam na moda até a década de 1890.

A cidade hoje é bem jovem, mas não esquece suas raízes e tradições. Lembranças de Pedro, o Grande, e Catarina II, estão por toda a parte. Os destaques são o Museu Hermitage, um dos melhores do mundo em arte ocidental, o Palácio de Catarina, a Catedral de Pedro e Paulo e a Igreja do Sangue Derramado. 

A vida noturna é intensa, com muita opções de entretenimento, várias lojas de grifes, ótimos restaurantes, bares, e cafés, agitam a noite quase todos os dias do ano, mesmo no inverno. É conhecida pelo seu Balé Mariinsky (antigo nome, o Kirov) e pelo jazz.

São Petersburgo é uma cidade fria, com um inverno dos mais rigorosos do país. Quem não é muito fã do frio, deve evitar essa época, já que as temperaturas no inverno, chegam facilmente a 20 ou 25 graus negativos.

No alto do verão a cidade vive um fenômeno conhecido como “noites brancas”, eternizado no conto de Dostoievski.  Duram a partir dos meados de Maio até à metade de Julho. Compensa as frequentes chuvas e as úmidas névoas, os curtos dias de inverno e as longas tardes outonais. Inúmeros poetas e pintores exaltaram estas noites Setentrionais.

Visto

Para a maioria dos países da Europa, brasileiros não precisam de visto. No entanto, com o intuito de aumentar a segurança do território, os 26 países signatários do Tratado de Schengen passarão a exigir uma autorização eletrônica. O ETIAS (Sistema Europeu de Informações e Autorização de Viagem) é definido como um visto não tradicional e a partir de 2021 todos os cidadãos provenientes de países já isentos de visto para viajar pela Europa – Brasil e outras 14 nações latino-americanas, precisarão providenciá-lo antes de sair de casa.

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Como chegar

Avião

O Aeroporto Internacional de São Petersburgo – Pulkovo, inaugurado oficialmente em 1932, tem dois terminais em funcionamento: Pulkovo 1 (voos domésticos e internacionais) e Pulkovo 2 (apenas voos internacionais), fazendo conexão com a maioria das cidades europeias.

Não há voos diretos das principais capitais brasileiras para São Petersburgo, mas há opções com conexões nas mais diversas partes da Europa. Aeroflot é a principal empresa de aviação do país. Uma sugestão para aqueles que já estiverem no Velho Continente e desejam economizar é voar por empresas low cost, como a Estonian Air – partindo de Amsterdã (Holanda) e de Tallin (Estônia), a Airberlin (partindo de Berlim), a Vueling (de Barcelona, na Espanha) e a Norwegian (partindo de Oslo, na Noruega).

Saindo do aeroporto (fonte: Pulkovo airport)

Ônibus 39 (terminal 1): o ponto está situado do lado oposto à saída do hall de chegadas 1. O ônibus faz a linha aeroporto – estação de metrô Moskovskaya (com duração de 30 a 35 minutos), a cada 12-20 minutos, de 5h30 até 1h30; A passagem custa 23 RUB e pode ser adquirida dentro do ônibus;

Ônibus 13 (terminal 2): o ponto fica do lado oposto ao prédio central. O ônibus faz a linha aeroporto – estação do metrô Moskovskaya, de segunda a sexta-feira, a partir das 5h40, e nos finais de semana, a partir das 6h. A viagem dura de 20 a 25 minutos e a passagem custa 23 RUB.

Táxi é a maneira mais rápida de acessar o centro de São Petersburgo. Os valores podem ser negociados, principalmente no terminal 2, onde há um estande para agendamento de táxis (procure pela placa Taxi Pulkovo). Para reservar com antecedência, é só ligar  ☎: +7 812 900 00 00.

Trem

Passageiros provenientes de Moscou desembarcarão na Estação Moscou (московского вокзала), bem servida por duas estações do metrô: Vosstaniya (linha 1, vermelha) e Mayakovskaya (linha 3, verde).

Trens provenientes de Helsinki chegam na estação Finlândia, servida pela estação Pl Lenina (linha 1, vermelha).

Na Russian Railways é possível encontrar informações diversas a respeito da malha ferroviária do país e, inclusive, comprar tíquetes. Outro site muito bom é o da Russian Trains, onde você vai encontrar tudo muito bem explicado (em inglês), além de ser bastante confiável para a compra de tíquetes, em geral, é também para o Sapsan – trem de alta velocidade que conecta Moscou a São Petersburgo (e vice-versa) em três horas e 50 minutos.

Ferries

De alta velocidade partem de Tallinn, na Estônia, e Helsinki, mas é bom checar com antecedência sua disponibilidade.

Carro

Acessar e locomover-se de carro na segunda maior cidade da Rússia pode não ser uma idéia muito boa, devido ao trânsito local – em geral bastante confuso para aqueles que não estão acostumados. Isso por conta da má fama dos motoristas locais que, realmente, não costumam respeitar sinais de trânsito e limites de velocidade.

Além disso, o idioma é uma enorme barreira para os estrangeiros que não o dominam, pois todas as placas nas ruas estão escritas no alfabeto cirílico.

História

A cidade de São Petersburgo, foi fundada em 27 de maio de 1703, um sonho de grandeza de um czar, Pedro I, o Grande, justamente para ser a capital dos czares. São Petersburgo passou a ser o símbolo da nova etapa da história russa e de grandiosas realizações nunca vistas até então. O Imperador pretendia criar um “Paradise “russo. A construção da nova capital exigiu de seus edificadores muitos esforços. Foram sacrificadas milhares de vidas humanas e, talvez por isso no destino de São Petersburgo houve tantas páginas trágicas.

Recebeu o nome São Petersburgo em homenagem ao apóstolo Pedro, por quem o czar tinha devoção. O termo burgo é alemão e significa cidade (cidade de São Pedro), assim, com a eclosão da Primeira Guerra Mundial, em que Rússia e Alemanha eram inimigas,  em 1914, os russos, a rebatizou por outro nome mais nacional: Petrogrado. Em 1924, a morte do maior líder bolchevique, Vladimir Lenin, mudou mais uma vez o nome da metrópole, passou a ser chamada Leningrado. Até que em 1991, com a queda do regime soviético, um plebiscito devolveu à cidade seu nome original: São Petersburgo.

O primeiro Imperador da Rússia, Czar Pedro Alekseyevich Romanov, alcunhado O Grande (tinha mais de 2 metros de altura), aspirava pela construção de um novo porto para o Império Russo, já que a principal cidade portuária do país, Archangelsk, localizava-se no mar Branco, que era bloqueado para navegação durante os meses de inverno rigoroso.

Em 12 de maio de 1703, durante a Grande Guerra do Norte, Pedro capturou a cidade de Nyenskans das mãos dos suecos. Em 27 de maio de 1703, próximo do estuário da ilha de Záiatchi, o czar estabeleceu o Fortaleza de Pedro e Paulo, que daria início à construção da cidade. 

A tarefa de construir uma cidade de pedra era uma das principais prioridades de Pedro, o Grande. Um édito especial do ano de 1714 proibia construir edifícios de alvenaria em outras partes da Rússia, e todos os mestres de alvejarias eram enviados, por ordem do czar, às margens do rio Neva. Pedro estabeleceu uma inédita taxa de “pedra”: cada embarcação ou carroça que entrava na cidade, devia trazer uma quantidade determinada de materiais de construção.

A cidade foi então construída por camponeses de toda a Rússia, junto de alguns prisioneiros de guerra suecos, todos sob a supervisão de Alexandre Menchikov. Mais de cem mil pessoas morreram na construção de São Petersburgo. Operários, muitas vezes em regime de trabalho escravo, instalados em bairros miseráveis onde proliferava todo o tipo de doenças. 

A Fortaleza de Pedro e Paulo nunca serviu para fins militares. Logo após a sua edificação ela passa a ser utilizada como cárcere para presos políticos. Já em Fevereiro de 1718 foi trazido ali, junto com outros conspiradores, o czarevitch Aleixo, filho de Pedro, o Grande. Depois de horrorosas torturas, durante as quais, como confirmam os historiadores, estava presente o seu pai, ele foi assassinado. No decorrer dos Séculos XVIII e XIX foram muitos os que sofreram os horrores das masmorras da Fortaleza.

Dois anos depois da fundação de São Petersburgo, o monarca planejou construir Peterhof, indicando pessoalmente o lugar para a sua edificação e desenhou as plantas da disposição dos chafarizes, no jardim. Peterhof representa um grandioso conjunto de edificações arquitetônicas e de jardins dos Séculos XVIII-XIX, ornados por mais de uma centena de esculturas. A sua construção teve início em 1714 e o complexo foi concluído em 1725. Era a residência preferida de Pedro, o Grande e leva o seu nome. 

Em 1736, a cidade sofreu com incêndios catastróficos. Para reestruturar os distritos mais danificados, um novo plano foi estabelecido em 1737, por um comitê sob o comando de Burkhard Christoph von Münnich. A cidade foi dividida em cinco distritos, enquanto o centro foi transferido para o bairro do Almirantado, situado na margem leste entre o rio Neva e o Fontanka. O centro então passou a prosperar por três vias radiais, que se encontravam no Almirantado e que dariam origem à célebre Avenida Névski.

No Século XIX, a Rússia juntamente com a Inglaterra, a França, a Alemanha e a Áustria, era uma das maiores potências européias, porém enquanto os outros países cresciam, faziam reformas e se industrializavam, a Rússia não se modernizava.

Entre os anos de 1854 e 1856, a Rússia entrou em guerra com a Inglaterra, França e Turquia (Guerra da Criméia), mas foi derrotada justamente por causa do atraso em que se encontrava o país.

No começo do Século XX, a Rússia era um país de economia atrasada e dependente da agricultura, pois 80% de sua economia estava concentrada no campo (produção de gêneros agrícolas).

Os trabalhadores rurais viviam em extrema miséria e pobreza, pagando altos impostos para manter a base do sistema czarista de Nicolau II. O czar governava a Rússia de forma absolutista, ou seja, concentrava poderes em suas mãos não abrindo espaço para a democracia. Mesmo os trabalhadores urbanos, que desfrutavam os poucos empregos da fraca indústria russa, viviam descontentes com os governo do czar. 

Em 1904 a Rússia se envolveu em uma guerra contra o Japão. Este conflito desorganizou a economia piorando a situação dos operários e camponeses. A humilhação da derrota acirrou os ânimos contra o czar. No ano seguinte, os habitantes saíram em uma passeata a fim de entregar um abaixo-assinado ao Imperador pedindo melhoras nas condições de vida e a instalação de um parlamento. O czar respondeu de forma violenta e repressiva. No conhecido Domingo Sangrento, manda seu exército fuzilar milhares de manifestantes. 

Começava então a formação dos sovietes (organização de trabalhadores russos) sob a liderança de Lênin. 

Grande parte da oposição era socialista e se baseava nas idéias de Karl Marx, eles acreditavam que todos os problemas do país só acabariam se o capitalismo fosse abolido e o comunismo fosse implantado.

Nesta ocasião, o partido de Lênin entrou em desacordo sobre as posturas que deveriam ser tomadas no movimento revolucionário e acabou se dividindo em dois grupos. Os mencheviques (termo russo que significa “minoria”), que acreditavam que uma revolução socialista só podia acontecer na Rússia depois que essa se tornasse industrializada e capitalista, de acordo com o pensamento original de Karl Marx e, os bolcheviques (que significa “maioria”), mais radical, que defendiam a revolução imediata, com a implantação de uma ditadura do proletariado, conduzida por um partido operário-camponês, adaptando o pensamento marxista à realidade local.

Nem econômica, nem militarmente a Rússia estava preparada para entrar na Primeira Guerra Mundial (1914-1918). Faltava alimentos, empregos para os trabalhadores, salários dignos e democracia. Sua participação no conflito, portanto, foi uma sucessão de desastres, com números imensos de mortos e feridos. Os gastos com a guerra e os prejuízos fizeram aumentar muito a insatisfação popular com o czar.

As greves de trabalhadores urbanos e rurais espalham-se pelo território russo. Ocorriam muitas vezes motins dentro do próprio exército russo. As manifestações populares pediam democracia, mais empregos, melhores salários e o fim da monarquia czarista. 

Os problemas econômicos e a miséria crescente levaram o povo em fúria às ruas, em março de 1917. A Revolução Russa iniciou-se em Petrogrado, de maneira caótica, sem lideranças definidas. A massa via no fim do czarismo a solução para seus problemas.

As mulheres deram início aos protestos populares, devido ao racionamento de alimentos. Foram seguidas pelos operários, que fizeram greves. A polícia não tinha contingente suficiente para reprimir tantos manifestantes e o governo resolveu apelar ao exército. Os soldados, porém, também insatisfeitos com os rumos da guerra, confraternizaram com o povo. Formou-se o soviete (conselho) de operários e soldados de Petrogrado e criou-se um Comitê Executivo Provisório na Duma (12 de março). Três dias depois,  o governo de Nicolau II foi retirado do poder e assumiria Kerensky (menchevique) como governo provisório.

Com Kerenski no poder pouca coisa havia mudado na Rússia. Em 25 de outubro de 1917, os bolcheviques, liderados por Lênin,  cercaram Petrogrado, onde ficava o governo provisório para tomar o poder. Prometendo paz, terra, pão, liberdade e trabalho, Lênin assumiu o governo da Rússia e implantou o socialismo. 

Lênin também retirou seu país da Primeira Guerra Mundial no ano de 1918. Foi instalado o partido único: o PC (Partido Comunista).

As terras foram redistribuídas para os trabalhadores do campo, os bancos foram nacionalizados e as fábricas passaram para as mãos dos trabalhadores. Muitos integrantes da monarquia, além de seus simpatizantes e opositores ao nascente regime socialista, foram perseguidos e condenados a morte pelos revolucionários. O czar Nicolau II, juntamente com a família imperial, foi fuzilado em 1918. Daí, o então Partido Bolchevique, passou a se chamar Partido Comunista. 

Foi em 1922 que se constituiu oficialmente a União das Repúblicas Socialistas Soviéticas (URSS). Esta se formou como um grande país de dimensões continentais e reuniu Rússia, Ucrânia, Bielorrússia, Transcaucásia, Estônia, Lituânia, Letônia, Moldávia, Georgia, Armênia, Azerbaijão, Cazaquistão, Uzbequistão, Turcomenistão, Quirguizão e Tadjiquistão.

Seguiu-se um período de grande crescimento econômico, principalmente após a NEP (Nova Política Econômica ). A URSS tornou-se uma grande potência econômica e militar.

Nos anos 1920 e 1930, a região periférica de Lenigrado foi reconstruída de forma planejada, fazendo com que a arquitetura construtivista florescesse nessa época. A habitação tornou-se uma preocupação do governo, e muitos dos imensos apartamentos da elite serviram de moradia comunal para diversas famílias numerosas, inaugurando as chamadas kommunalkas. Já na década de 1930, 68% da população da cidade vivia nesse tipo de moradia.

Após a morte de Lenin, em 1924, Petrogrado foi rebatizado de Leningrado. 

Stálin assumiu o controle da União Soviética, instalando uma ditadura socialista que se estenderia até a década de 1950.

Decidido a industrializar o país, ele só podia contar com dinheiro que vinha da agricultura, já que não podia fazer empréstimos internacionais por causa da pobreza em que o país se encontrava.

Para aumentar a produtividade, foram criadas as fazendas coletivas e muitos camponeses foram obrigados a entregar o gado e as terras ao estado para trabalharem (contra a vontade) nestas fazendas.

Nas fábricas, os operários foram proibidos, sob ameaça de morte, de fazer greve ou mudar de emprego. Apesar disso, as metas de Stálin foram alcançadas e a União Soviética passou por um processo de modernização e industrialização. Porém, o totalitarismo implantado por Stálin na URSS mantinha um rígido controle sobre a imprensa e a cultura em geral.

No início da Segunda Guerra Mundial, a União Soviética assinou um pacto de não-agressão com a Alemanha nazista, inicialmente para evitar um confronto, mas o tratado foi desconsiderado em 1941, quando os nazistas invadiram o território da URSS e deram início a maior e mais sangrenta  guerra da história.

Leningrado foi alvo de um cerco por parte das tropas invasoras. Hitler e seu ministro da propaganda, Joseph Goebbels, estavam dispostos a dar um golpe, capturando a cidade de Lênin. Por 872 dias, entre novembro de 1941 e janeiro de 1944, os cidadãos de Leningrado foram submetidos a um bloqueio onde pereceram um milhão de civis e militares, a imensa maioria de frio, fome e doenças como tifo, escarlatina e icterícia. O cerco a Leningrado foi o mais longo, destrutivo e letal entre os cercos a cidades de toda a história moderna, reduzindo drasticamente a população da região.

A União Soviética foi um dos países mais importantes para a vitória dos Aliados na Segunda Guerra Mundial. Entretanto, também foi um dos países mais abalados economicamente. Mesmo assim, o governo de Joseph Stálin foi capaz de realizar um eficiente planejamento, e transformar a URSS em uma das grandes potências mundiais, ao lado dos Estados Unidos.

O metrô de Leningrado, planejado antes da Guerra, foi aberto em 1955, com as primeiras oito estações decoradas com mármore e bronze. No entanto, com a morte de Stálin em 1953, os excessos do projeto, inspirados no Classicismo socialista, foram descartados, e a arquitetura das estações ficou mais simples.

Entre os anos 1960 e 1980, vários bairros residenciais foram inaugurados nas periferias da cidade. Por conta da melhora do serviço, em comparação com as moradias mais antigas, várias famílias que viviam em kommunalkas puderam se mudar para os novos apartamentos, vivendo separadamente.

No ano de 1985, o estadista Mikhail Gorbatchev assumiu o cargo de Secretário-Geral do Partido Comunista da União Soviética, com idéias inovadoras. Tinha iniciado um ambicioso programa de reformas baseado em dois conceitos: perestroika (“reestruturação”) e glasnost (“transparência”). Essas mudanças geraram resistência e desconfiança por parte de alguns membros conservadores do Partido. Agitações nacionalistas de minorias não russas na União Soviética provocaram o temor de que algumas ou todas as repúblicas se separassem da União. Em 1991, a URSS estava em uma grave crise econômica e política. Havia escassez de quase todos os produtos, e a população era obrigada a enfrentar longas filas para comprar produtos essenciais.

Entre 19 e 21 de Agosto de 1991, houve uma tentativa de Golpe de Estado na União Soviética, também conhecida como o Golpe de Agosto ou o Putsch de Moscou. Promovido por um grupo conservador do Partido Comunista da União Soviética,  que tentaram afastar o Presidente Mikhail Gorbachev e tomar o controle do país. Anunciou-se que Gorbachev estava doente e tinha sido afastado de seu posto como presidente. Na verdade, Gorbachev estava muito cansado e fora de férias para a Crimeia, quando a tomada do poder foi desencadeada e lá permaneceu durante todo o seu curso.

O insucesso do golpe militar abriu portas para que os liberais tomassem o poder. No dia 29 de agosto de 1991, o Soviete Supremo proibiu as atividades do Partido Comunista em toda a União Soviética. Iniciou-se uma luta pelo poder, trazendo mudanças de lideranças através de eleições livres. Temendo maiores agitações políticas na Rússia, as nações que compunham a União Soviética começaram a exigir a autonomia política de seus territórios.  Finalmente, no mês de dezembro de 1991, foi declarada a independência da Rússia. Essa decisão determinou o fim da União Soviética. O processo de dissolução das repúblicas resultou na separação de Rússia, Letônia, Estônia, Lituânia, Ucrânia e Bielorússia, a União Soviética somente contava com a integração do Cazaquistão e do Turcomenistão.

Em 12 de junho de 1991, a população de Leningrado votou pela mudança de nome da cidade para São Petersburgo, elegendo também o novo prefeito, Anatoli Sobtchak, aliado do presidente Boris Iéltsin.

Ao mesmo tempo, as condições econômicas de São Petersburgo deterioravam-se conforme o país tentava adaptar-se às grandes mudanças. Pela primeira vez desde os anos 1940, o racionamento de comida foi introduzido, e a cidade passou a receber ajuda humanitária de fora.

Em 1995, uma das seções da linha do metrô Kirovsko-Viborgskaia foi interditada por conta de uma inundação, criando um obstáculo para a cidade que durou quase dez anos.

Apesar da destruição da Segunda Guerra Mundial, a arquitetura dos Séculos XVIII e XIX ainda se mantém, a cidade está preservada e inalterada em sua forma original. A construção de edifícios modernos misturados aos históricos dá a São Petersburgo uma natureza singular, um verdadeiro museu vivo dos estilos arquitetônicos dos últimos três séculos. 

A perda da capital para Moscou ajudou a cidade a preservar seu aspecto, já que os grandes e prestigiados projetos de inovação e modernização eram quase sempre voltados para a capital.

Fontes:

Brasil Escola Por Rainer Sousa Graduado em História  

 História de Tudo 

Uol Educação – Revolução Russa – Início: Fim do czarismo e breve governo social-democrata 

Wikipedia 

Só História

InfoEscola

Grupoescolar

São Petersburgo e subúrbios, texto Natália Popova

Sua pesquisa.com – http://www.suapesquisa.com/russa/

Hotéis

O ideal em São Petersburgo é se hospedar nos arredores da Av. Nevsky Prospekt, que é a principal artéria da cidade. A avenida é enorme, portanto, se hospede de preferência na parte que está mais próxima ao Rio Neva, ao Palácio de Inverno e ao Rio Moika, que é onde tudo acontece, e você poderá fazer muita coisa a pé!

Four Seasons Hotel Lion Palace St. Petersburg, Voznesensky Prospekt 1, Admiralteyskiy, 190000 São Petersburgo

Hotel de cinco estrelas, localizado no centro de São Petersburgo, em um autêntico palácio real russo do século XIX, com decoração de luxo em estilo Império Russo. 

Possui opções gastronômicas exclusivas. O Percorso Restaurant é especializado em cozinha italiana, enquanto o Restaurante Sintoho oferece pratos asiáticos contemporâneos.

O hotel está apenas à 300m da Praça Dvortsovaya, o Museu Hermitage fica a 3 minutos a pé. 

Pushka Inn Hotel, Naberezhnaya Reki Moyki.14, Tsentralny, 191186 São Petersburgo 

Hotel muito charmoso de quatro estrelas, ocupa uma mansão construída em 1860, que está localizada na zona histórica de São Petersburgo, a 1 minuto a pé da Praça do Palácio.

Um ótimo custo benefício.

Pushka INN hotel

Alexander House, Kryukov Kanal Embankment, 27, Admiralteyskiy, 190068 São Petersburgo 

Um hotel lindo e charmoso de quatro estrelas, situado no centro histórico de São Petersburgo, um pouco mais afastado do centro turístico, em um local mais tranquilo. A propriedade fica localizada próxima ao Teatro Mariinsky (Kirov) e 25 min a pé do centro.

O casarão foi construído no início do Século XIX, foi restaurado e os proprietários mantiveram a aparência original. São 19 quartos  decorados com temas de cidades .

O hotel é relativamente pequeno, o que garante um tratamento personalizado. A equipe muito simpática e atenciosa  e todos falavam inglês fluentemente.

Principais Atrações

Igreja do Sangue Derramado (Khram Spasa na Krovi), Canal Griboyedova, 26, cathedral.ru,

Ou Igreja da Ressurreição do Salvador sobre o Sangue Derramado, é uma Igreja ortodoxa russa de São Petersburgo.

Está situada na margem do canal Griboedov, próximo ao parque do Museu Russo e da Nevsky Prospekt.

É um dos cartões-postais da cidade. 

A Igreja foi construída por Alexandre III em 1883 para lembrar a morte de seu pai, o czar Alexandre II, assassinado naquele local, vítima de um atentado no dia 13 de março de 1881 (1 de março no calendário juliano, em vigor na época). 

Foram 24 anos de obras, finalizadas em 1907, sob o reinado de Nicolau II. As verbas necessárias provieram dos cofres da família imperial e de numerosas doações privadas.

A arquitetura da cidade é predominantemente barroca e neoclássica, mas a Igreja está mais de acordo com a arquitetura medieval russa, com claras influências da Basílica de São Basílio em Moscou.

O interior foi projetado por alguns dos mais famosos artistas russos da época, incluindo Viktor Vasnetsov, Mikhail Nesterov e Mikhail Vrubel, mas arquiteto-chefe da igreja, Alfred Alexandrovich Parland,  foi pouco conhecido.

De acordo com os seus restauradores, a igreja tem mais de 7.500 metros quadrados de mosaicos, retratando cenas bíblicas. O altar original, construído exatamente no lugar onde o czar tombou morto, foi danificado e pouco se vê dele hoje, o novo é revestido com pedras preciosas.

Em harmonia com o mármore italiano que cobre o chão, a sustentação é feita por colunas de malaquita, uma pedra semipreciosa de cor verde, extraída dos Montes Urais.

No rescaldo da Revolução, a igreja foi saqueada e danificada no seu interior. No início de 1930 Stálin  fechou a igreja. 

Durante a Segunda Guerra Mundial, a igreja foi usada como um armazém para os produtos hortícolas, levando ao nome sarcástico de “salvador no batatas.” Ela sofreu danos significativos durante o cerco de Leningrado e depois da guerra, ela foi usada como um armazém para um teatro de ópera nas proximidades.

Em julho de 1970, a administração da igreja passou à Catedral de São Isaac (então usado como um museu altamente rentável) e os resultados foram reinvestidos na restauração da igreja.

Após 27 anos de uma meticulosa restauração, foi reaberta em agosto de 1997 não é mais Igreja, porque não foi novamente consagrada após a restauração. Hoje faz parte do complexo de museus da Catedral de São Isaac e é uma das principais atracções turísticas de São Petersburgo.

Abre diariamente, das 11h às 19h, com exceção das quartas-feiras.

Catedral de Nossa Senhora de Kazan, Praça Kazan, 2, kazansky-spb.ru.

Localizada no coração da cidade, na Nevsky Prospekt, foi construída entre 1801 e 1811, inspirada na Basílica de São Pedro em Roma.

O templo foi erguido para ser o abrigo da imagem da Nossa Senhora de Kazan (que fica no Tataristão), uma das relíquias mais veneradas da Rússia. Mas a igreja já abrigou muitas outras relíquias, especialmente de glórias militares.

Ainda no Século XIX, tornou-se um memorial que celebrava a vitória russa sobre Napoleão. Em 1932, já após a Revolução socialista que definiu a Rússia como Estado ateu, a Catedral tornou-se um museu das religiões, sendo devolvida à vida religiosa em 1992.

A entrada gratuita e fica aberta diariamente de 10h as 18h. 

Fotos não são permitidas no interior. Lembre-se de manter o silêncio e o respeito, pois ela é um templo religioso.

Ícone de Nossa Senhora de Kazan,

Em estilo grego-bizantino, teria sido pintado, segundo os especialistas, em Constantinopla, no Século XIII.

A obra apresenta a imagem de meio corpo da Virgem carregando o Menino Jesus, que se encontra quase de pé numa atitude de benção para com sua mãe, para quem ele ergue sua mão direita.

Em 1552,  o Czar Ivan, o Terrível, em uma festa de ação de graças pela vitória obtida na cidade de Kazan, ordena a construção de uma grande basílica em honra da Mãe de Deus, dedicando-a ao mistério da Anunciação.

No ano de 1579 Kazan foi assolada por um violento incêndio que destruiu a metade da cidade. Enquanto a população se recuperava da tragédia, a Virgem aparece a uma menina de nove anos. Manda-lhe escavar as ruínas porque ali encontraria o Sagrado Ícone.

No dia 8 de julho de 1579, é encontrada entre as cinzas a imagem de Nossa Senhora de Kazan. Começa a ser objeto de grande devoção religiosa, sendo-lhe atribuídos inúmeros milagres.

A imagem foi um dos símbolos mais venerados nos momentos em que a Rússia viu a sua independência em perigo: na libertação de Moscovo e da Rússia das tropas polacas (1612), na Batalha de Poltava entre russos e suecos (1709) ou invasão do país pelas tropas de Napoleão (1812).

Na noite de 29 de junho de 1904, durante uma revolta popular, desaparece junto a outros tesouros do Santuário. Em 1970, cerca de sessenta anos depois, reaparece numa exposição de arte nos Estados Unidos. Neste contexto, foi comprado pelo «Centro Russo Católico de Nossa Senhora de Fátima» organização católica de devoção à Virgem de Fátima. 

A imagem de Nossa Senhora de Kazan ficou em Fátima até que se concretizou uma das promessas das Aparições: a consagração da Rússia ao Imaculado Coração de Jesus e o fim do comunismo.

Em 1993, o ícone foi entregue ao Papa João Paulo II para o devolver à Igreja Ortodoxa Russa. Chegou a ser agendado um encontro entre o Papa polaco e Alexis II na Áustria em 1996, mas o momento foi suspenso porque o patriarca russo acusou a Igreja Católica de fazer “proselitismo” na Rússia.

Entretanto, João Paulo II não realizou o seu sonho de visitar a Rússia e de devolver o ícone pelo que aceitou enviá-lo através de um dos seus cardeais.

Catedral de Saint Isaac, Praça São Isaac, 4, cathedral.ru.

É a maior e mais suntuosa catedral ortodoxa de São Petersburgo.  Recebeu seu nome em homenagem do Santo Isaac Dalmatski, padroeiro de Pedro I, o Grande, que é comemorado no mesmo dia de nascimento dele, 30 de maio.

Foi construída entre 1818 e 1858 em estilo predominantemente neoclássico, com a inserção de adornos bizantinos. O domo principal da catedral da cúpula mede 101,5 metros (333 pés) e é banhado com ouro puro.

Após a Revolução Bolchevique de 1917, a igreja foi fechada aos fiéis e, em 1931, a igreja foi transformada no Museu Estatal Antirreligioso e passou a expôr o maior pêndulo de Foucault do mundo. O pêndulo do físico Foucault ficou pendurado ali para demonstrar a rotação axial da Terra até o final do Século XX. Agora você pode ver uma pomba de 6m de comprimento, no topo da cúpula (o símbolo do Espírito Santo).

Durante o cerco a Leningrado na II Guerra Mundial, a catedral sofreu enormes danos, a cúpula dourada foi pintada de cinza, para dificultar bombardeios e a Santo Isaac serviu como depósito para obras de arte de museus e palácios da cidade. Algumas das colunas de granito no pórtico oeste ainda carregam traços do poder de fogo da artilharia nazista.

Atualmente a Santo Isaac funciona como museu, mas também abriga cerimônias religiosas em uma de suas capelas. 

Certifique-se de guardar um pouco de energia subir mais de 300 degraus e chegar à plataforma de observação de 270 pés/90m no alto de sua Colonnade. Sugiro visitar São Petersburgo ao entardecer é lindo!

Aberto: Verão: (1º de Maio a 15 de Setembro): Catedral – 10:00 às 19:00 (escritório de tickets fecha às 18:00), Excursões noturnas – 18:30 às 22:00, Colonnade – 10:00 às 17:00, Excursões noturnas (1º de Junho a 31 de Agosto) – 18:00 às 4:00.

Resto do ano: Catedral 11:00 às 19:00 (escritório de tickets fecha às 18:00), Colonnade das 11:00 às 17:00.

Fechado: Quartas-feiras.

Avenida Nevsky (Nevsky Prospekt)

É a principal avenida de São Petersburgo, planejada por Pedro, o Grande. Possui 4,5 km, começa na belíssima torre dourada do Admiralty, uma das primeiras obras erguidas a mando de Pedro, o Grande, e termina em um obelisco socialista em frente a uma das famosas estações de metrô soviéticas, construída cerca de 200 anos depois, a Mayakovskaya.

Na Avenida Nevsky encontram-se, entre outros edifícios, o Palácio Stroganov, da autoria de Bartolomeo Rastrelli, a Catedral de Nossa de Senhora de Kazan, igrejas do Século XVIII, e um monumento a Catarina, a Grande. Como também, o principal e mais bonito shopping da cidade, Gostiny Dvor,  lojas de grifes, cafés, bares e hotéis das grandes redes, como Corinthia e Radisson Blu.

Agitada noite e dia, em sábados ou segundas, no frio e no calor, a avenida de 8 faixas para carros e calçadas largas é onde tudo acontece em São Petersburgo. 

Casa Singer

Este edifício foi construído entre os anos de 1902/1904 para a conhecida empresa alemã de máquinas de costurar “Singer”. Depois da revolução, neste local se instalou a “Casa do Livro”, a livraria mais famosa do São Petersburgo.

Se destaca uma cúpula enorme, que parece um copo de cristal com o bocal para baixo. A obra do arquiteto Pavel Suzor. Na parte superior tem um Café-Bar com o mesmo nome.

Palácio Stroganov, Nevsky Prospect, 17, St Petersburg, Rússia, 197101

O palácio foi construído na fase de ouro de São Petersburgo para o Barão Sergei Stroganov, que pertencia a uma das mais ilustres famílias da nobreza russa, célebre pelos altos cargos ocupados junto do governo e pelo amor às artes.

Acumulou um acervo familiar que incluía obras de Anthony van Dyck, Nicolas Poussin, Claude Lorraine, Rembrandt e outros mestres.

Reza a lenda que certo dia, Stroganov organizava o palácio para receber um convidado ilustre. Preparou um prato especial, escalopinhos com um molho que levava dois dias para seu preparo, sua especialidade. Tudo pronto e eis que chega o convidado, com um problema nas mãos que o impossibilitava de cortar a carne com a faca. Imediatamente, Stroganov, um belo anfitrião, providenciou para que os escalopes fossem cortados em pequenos pedacinhos e misturados ao molho. Surge, então, o famoso “estrogonofe”. O resultado foi tão bom que a receita se espalhou pelo mundo. 

Com a nacionalização de bens artísticos ocorrida após a Revolução Russa, o palácio passou a constituir um museu estatal, o Museu Nacional Stroganov, o qual foi anexado pelo Hermitage em 1925.

Em 1931, a galeria de pinturas foi leiloada e o edifício passou à administração do Instituto Agrícola, e depois para o Comissariado Popular da Construção Naval, sendo fechado ao público.

Em 1989 o palácio foi doado ao Museu Russo, iniciando o seu renascimento como centro cultural, com a primeira exposição a ser inaugurada em 1995.

Em 2003 passou a exibir também um acervo de porcelanas das manufaturas russas.

Hoje, o palácio é um museu com os salões abertos ao público. Tem um excelente e pomposo restaurante, onde se pode comer o legítimo Stroganov e no sub-solo tem um apartamento, numa espécie de esconderijo, que serve à hóspedes especiais, onde antigamente era a adega do palácio e o “quarto secreto”, que pode ser usado como hotel.

 Hermitage, Dvortsovaya Naberezhnaya, 34

 ☎: +7 (812) 710-9625   Site: www.hermitagemuseum.org/

Catarina, A Grande, era amante das artes e fazia aquisições riquíssimas. Assim nasceu, em 1764, o segundo maior museu do mundo: o Hermitage, hoje com 3 milhões de peças, atrás apenas do Louvre. Não é por acaso que o Hermitage é considerado Patrimônio Arquitetônico Mundial.

O nome oficial é “Museu Estatal Hermitage”, é sediado no antigo Palácio de Inverno, residência oficial dos czares. Logo depois de ter começado a ser construído, em 1754, foi ganhando anexos e resultou em um complexo com cinco edifícios que se interligam.

 Entre eles, o Palácio de Inverno (residência dos Czares Russos por 150 anos, até a chegada do regime comunista), o Pequeno Hermitage (um anexo do Palácio, acrescentado por Catarina A Grande), o Grande (Velho) Hermitage (também construído por Catarina, para abrigar a biblioteca do palácio) e o Novo Hermitage (já construído por Nicolau I para abrigar a coleção do museu). 

Cada imperador enriquecia a coleção Hermitage: Alexander I comprou a coleção de Josephine de Beauharnais de Malmaison, Nicolau I e Alexandre II ampliaram a coleção de antiguidades gregas e romanas. O Hermitage permaneceu uma coleção privada e fechada até meados do século XIX, quando a família real decidiu abri-lo, para os visitantes nobres. 

Somente após a revolução bolchevique de 1917 é que seus tesouros foram abertos ao público. Até então sua coleção foi grandemente enriquecida com as coleções nacionalizadas da nobreza.

Os momentos mais difíceis começaram em 1941, quando os nazistas cercaram Leningrado e o museu teve de ser abandonado. Sua coleção foi evacuada para a Sibéria. Apenas molduras vazias foram deixadas nas paredes vazias do palácio. Longos anos de restauração se seguiram.

Agora, novamente, o Hermitage possui a segunda maior coleção de impressionistas franceses do mundo, a segunda maior coleção de Rembrandt, obras de valor inestimável de Leonardo da Vinci, Rafael, Ticiano, Rubens, Michelangelo, Caravaggio e muito mais. Além de relíquias da arte japonesa do século XVIII ou da Jordânia antiga, e quadros comprados por Catarina, em 1854 em Berlim. A coleção consiste também de arte Pré-histórica, Antiga, da Europa Ocidental, Russa, Oriental, Numismática e duas reservas de tesouros (salas douradas). 

No entanto, não é necessário gostar de admirar coleções  de arte para se encantar por ele, pois ao lado do impressionante acervo, o Hermitage tem alguns dos mais lindos ambientes palacianos de todo o mundo, então o próprio museu já é uma belíssima atração. 

Os ingressos podem ser comprados antecipadamente, pela internet (evita filas), e há uma opção de bilhete para dois dias seguidos, mais apropriado à extensão do programa. Afinal, mesmo que você faça um roteiro enxuto, chegue cedo e almoce no restaurante do museu, não conseguirá ver o que quer em um dia. Mas se estiver com pressa, existem visitas guiadas até de duas horas. 

Se você comprar um bilhete para dois dias consecutivos, é preciso validá-lo na primeira visita, e o tíquete serve também para o dia seguinte (se a primeira visita for em um domingo, o ingresso vale ainda para a terça-feira, já que o museu não abre às segundas)

No site do Hermitage pode-se baixar o mapa do museu, com informações e dicas. Na maioria das salas é permitido fotografar, sem flash.

O museu Hermitage abre diariamente, de terça-feira a sábado, das 10h30 às 17h, e aos domingos, das 10h30 às 16h. 

Palácio Peterhof, Razvodnaya, 2, peterhofmuseum.ru. Diariamente, das 10h30 às 18h. Fecha às segundas. 

Uma das atrações turísticas mais famosas e populares de St. Petersburgo. O Palácio Peterhof (também conhecido como Petrodvorets) é mais uma obra de Pedro, o Grande. 

Não à toa, é conhecido como “a Versailles da Rússia”, em alusão ao conjunto real francês, e declarado Patrimônio Mundial pela Unesco.

 O Palácio tem vista para o golfo da Finlândia, e já foi moradia oficial de Pedro I, o Grande, e Catarina II, a Grande.

Está localizado a 30 quilômetros de São Petersburgo, mas com o trânsito caótico pode demorar uma hora e meia para chegar. O caminho mais charmoso para chegar a Peterhof é pelo Rio Neva, pega um ferry público (hydrofoil) que sai de trás do Hermitage, a viagem dura apenas 35 minutos. É só chegar, comprar a passagem e embarcar no próximo barco.

Peterhof é uma verdadeira jóia da arte e da arquitetura russas, que vai muito para além do Grande Palácio. Na verdade, o conjunto é formado por mais dezenove outros palacetes, villas e pavilhões, espalhados pelo parque de 1000 hectares. O Grande Palácio é composto por 30 salas e hoje funciona como museu, com acervo de vestimentas e objetos da época, além da coleção imperial de obras de arte. Reconstruídos no pós-guerra, os ambientes reproduzem fielmente a decoração original, inspirada em moldes franceses. É possível ver até a mesa de refeições montada da mesma forma como era apresentada ao czar e seus comensais.

O Palácio principal foi reformado e ampliado a mando da filha de Pedro, a Imperatriz Elisabeth (aquela que gostava dos dourados). Por isso vemos hoje esse edifício com detalhes barrocos e muitas estátuas douradas. Mas, apesar de toda a pompa, Pedro gostava mesmo era de se refugiar no Marly, um palacete bem mais simples, logo ao lado, que hoje exibe os pertences do czar, desde roupas até presentes e obras de arte acumulados ao longo de sua vida.

O ponto alto da visita é o fantástico jardim com mais de 120 fontes, adornadas com figuras da mitologia grega, a fonte central, chamada de A Grande Cascada, com 64 fontes e 142 jatos de água, é  a mais imponente de todas, simboliza, por meio de Sansão, a vitória da Rússia sobre a Suécia na Grande Guerra do Norte, ela se prolonga em um canal que vai até o Mar Báltico. O mais impressionante é que as fontes, funcionam 100% por gravidade.

Atenção: quanto mais tarde, mais cheio de turistas.

Palácio de Catarina (Tsárskoe Seló)

Também conhecido como Tsárskoe Seló (que significa Aldeia do Czar), está localizado a cerca de 25Km de São Petersburgo,  na aldeia Pushkin.

Recapitulando a história de São Petersburgo, em meados do Século XVII, as terras ocupadas pelos suecos, foram retomadas pela Rússia sob o reinado de Pedro, o Grande, durante a Grande Guerra do Norte (1711-1721) e em seguida foram denominadas como Tsárskoe Seló (a aldeia do Czar). Foi nesse período (1711) que o casal de monarcas, Pedro I e Catarina I, começou a construir uma simples casa de campo. Foi ampliada em 1724 e a região próxima ao palácio passou a contar com diversas casas que se tornaram moradia da corte.

Dos doze filhos de Pedro e Catarina (cinco meninos e sete meninas), apenas duas, Ana e Isabel, sobreviveram à infância.  Quando Isabel Petrovna Romanova assumiu como imperatriz da Rússia, herdou Tsárkoye Seló e tratou de remodelar a então casa de seus pais. Para preservar a memória de sua mãe, a parte central da edificação foi preservada e agregada a ela uma nova ala totalmente construída no melhor estilo Barroco Russo. Obra do arquiteto italiano Bartolomeo Francesco Rastrelli que trabalhou entre os anos 1748-1756. Foi com Isabel que palácio atingiu seu esplendor, foram construídos pequenos pavilhões e projetados os belíssimos jardins. 

A grande maioria das salas de Tsárkoye Seló é em estilo Barroco, com direito a muito dourado, espelhos e uma profusão de esculturas entalhadas em madeira. O estilo Neo-clássico aparece em algumas salas, como no salão verde decorado com motivos da Roma antiga.

Durante o tour da visita ao palácio podemos ver as fotos de seu estado durante a Segunda Guerra no cerco de Leningrado, foram poucas as paredes que ficaram em pé. A reconstrução e restauração foram iniciadas em 1950 e levaram cerca de 50 anos para recuperar o conjunto.

Dentre as salas, a mais famosa e realmente deslumbrante, é a Sala de Âmbar. As paredes composta de 22 painéis, cobertos por um mosaico de mais de 100.000 peças esculpidas em âmbar, foi presente do então imperador da Prússia Frederico I, ao imperador Pedro, o Grande. Em 1755, a sala foi instalada no Palácio Catarina, onde durante cerca de 150 anos serviu aos Czares e Czarinas russos.

Essa beleza durou até 1941 quando Hitler invadiu a Rússia na 2ª Guerra Mundial. Os soldados desmontaram todos os enormes painéis da sala guarnecidos de âmbar, embalaram tudo em 27 caixotes e simplesmente despacharam a câmara para o Palácio de Königsberg, (hoje Kaliningrado) na Alemanha. Em 1944, com a invasão dos aliados e por medo da destruição, a sala foi novamente empacotada para nova viagem. O Palácio de Königsberg acabou sendo incendiado e a Sala de Âmbar desapareceu. Nunca mais foi encontrada. 

Em 1979, depois do fim das buscas e sem nenhum sucesso, o governo russo resolveu reconstruir a sala baseando-se em fotos. Mas devido à falta de verbas, os trabalhos foram interrompidos e em 2000 uma empresa alemã Ruhrgas AG, de Essen, resolveu patrocinar o projeto e colocou 3,5 milhões de dólares à disposição. Ao todo foram necessárias oito toneladas de âmbar. Em 2003 a nova sala ficou pronta e foi novamente inaugurada. É um trabalho esplendido.

O sumiço da Sala de Âmbar é um dos mais intrigantes mistérios da Segunda Guerra. Com valor estimado em US$ 250 milhões, tornou-se a mais valiosa obra de arte desaparecida no mundo.

Para chegar lá se pode contratar tours, com guias. A outra opção é ir por conta própria, durante os meses de verão (maio à setembro) dá para ir de Metroil que parte do pier em frente ao Palácio de Inverno. Há ônibus que saem em frente à estação de metro Nevsky Prospekt, a viagem leva cerca de 40min. Os trens suburbanos também levam até lá (chamados de elektrichka), saem da estação Vitebsk em direção Tsarskoye Selo, essa opção requer algum entendimento de cirílico para não perder a parada. A viagem leva cerca de 45min e a grande atração é a estação de Tsarskoye Selo em estilo art noveau, da estação até o palácio são mais uns 15min de caminhada ou então pegue o ônibus 371 ou 382. 

Fortaleza de São Pedro e São Paulo, Petropavlovskaya Krepost’, 3, São Petersburgo.

Essa fortaleza está localizada na menor ilha de São Petersburgo, chamada Zayachy, onde se deu origem à atual cidade. 

Foi construída no ano de fundação da cidade, 1703 por determinação do czar Pedro, o Grande, com a finalidade de defender esta região dos ataques das tropas suecas, que dominavam o mar Báltico durante a Grande Guerra do Norte (1700–1721).

A cidadela abriga a Catedral de Pedro e Paulo, construída entre 1712 e 1733, que ostenta um estilo totalmente diferente das belíssimas e tradicionais igrejas ortodoxas russas. A parte externa da Catedral não é nada exuberante, mas seu maior apelo está mesmo no lado de dentro.

É lá que estão os túmulos de quase todos os czares que governaram as Rússia desde Pedro, o Grande, que morreu em 1725, até o último czar, Nicolau II. Só não estão lá Pedro II e Ivan VI.  Infelizmente é praticamente impossível identificar os donos dos túmulos. Os nomes, gravados nas pedras com letras nada legíveis, são todos em russo. Os únicos túmulos fáceis de identificar são os de Nicolau II e sua família, assassinados pelos bolcheviques em 1918.

 Quando a briga com a Suécia deixou de ser o centro das atenções, a fortaleza foi transformada em uma prisão política, onde ficaram encarceradas várias figuras importantes da história russa, como o escritor Dostoiévski e o filósofo anarquista Mikhail Bakunin.

Em 1924, a maior parte do local foi convertido a um museu. A estrutura sofreu danos pesados ​​durante o bombardeio da cidade durante a Segunda Guerra Mundial pelo exército alemão. Após a guerra, a fortaleza foi fielmente restaurada e hoje é uma atração turística. 

Há ingressos apenas para a Catedral e ingressos combinados com as demais exposições. O Forte abre todos os dias de 6h às 21h e a Catedral de 10h às 18h às segundas, quintas e sextas; de 10h as 17h nas terças; de 11h as 18h aos domingos e dias com cerimônias e de 10h as 17h45 aos sábados. A Catedral fecha às quartas-feiras. 

E vale lembrar que, como toda ilha, aqui também tem praia… Bem, pelo menos para banhistas que se animam a “curtir” a máxima de 22º C no verão!

 Ilhas  Vasilyevsky 

É a maior delas,  tem uma vista cenográfica, pois de lá você fica de frente para o Palácio de Inverno e da Catedral e Fortaleza de São Pedro e São Paulo, que está em outra ilha, a Zayachy (a menor de todas).

Alguns dos atrativos da Ilha Vasilyevsky, além da vista, as Colunas Rostrais, que têm cor vermelha e foram construídas como faróis, e as Esfinges do Século XV a.C. encontradas em Tebas, no Egito em meados do Século XIX.

Passeio noturno

Os monumentos de São Petersburgo estão todos iluminados, portanto um passeio noturno a pé pela cidade é imperdível. Caminhe pela Nevsky Prospekt, pela margem do Neva, cruze a ponte… etc. Só cuidado ao cruzar a Ponte do Palácio (levadiça) ou alguma outra, muito tarde da noite, pois ao se abrirem (lá pela meia noite) só voltam a baixar às 6 da manhã, e para cruzar de volta você terá que fazer um longo caminho de taxi. Mas é interessante ver a Ponte do Palácio (a que está exatamente atrás do Hermitage) se abrindo.

Ballet, Theatre Square, 1, São Petersburgo, Rússia  ☎: +7 812 326 4141  tickets@mariinsky.ru

Não dá pra ir a Rússia sem ir a um espetáculo de ballet. O mais famoso de São Petersburgo Teatro Mariinsky, mais conhecido por Ballet Kirov, seu nome durante o período soviético. Também considerado um dos melhores do mundo! O teatro por si só já é um ponto turístico, inaugurado em 1860.

Dicas:

. Não pode tirar fotos  durante o espetáculo. 

. Tente chegar com pelo menos meia hora de antecedência.

. O teatro pede para ir bem vestido, apesar de encontrar turistas de tênis. 

Compras

 Bolshoi Gostiny Dvor, Av. Nevsky, 35, bgd.ru. No edifício do século XVIII, fica o shopping center que foi considerado um dos primeiros do mundo. Antigo e decadente, possui uma variedade de lojas russas e internacionais. Diariamente, das 10h às 22h.

Nevsky Prospect é a rua mais movimentada, calçadas largas, boa para andar e com algumas lojas conhecidas, galerias e o Galeria Shopping Center, esquina das ruas Ligovskiy e Nevskiy Av. próximo à estação de trem: Moscow Railway Station. Metrôs: “Ploshchad’ vosstaniya”, “Ligovskiy prospect” e “Mayakovskaya. O melhor shopping center de St. Betersburgo, 290 lojas, restaurantes e 10 cinemas. Souvenirs se vende por toda parte, como as matriochkas

A House of Books, 28 Nevsky Prospekt, tem umas das maiores seleções de literatura russa e estrangeira de São Petersburgo. Especializada em arte, literatura e livros de viagens. 

Beluga Deluxe, Iskusstv Square, 5.  Loja ótima para resolver todos os presentes, lembranças e souvenirs. A loja é enorme e moderna. São salas e mais salas  de Matrioschkas de todos os tipos, tamanhos e temas, lenços, relógios, binóculos para assistir aos ballets, peças e objetos antigos de cristal, bronze, caviar, de salmon, estrujão, beluga, réplicas de ovos Fabergé, peças e jóias de Âmbar do Mar Báltico, pashiminas, chapéus, gorros, casacos e estolas de Vison. Funciona das 9:00 às 20:00 e como a loja é fechada, é preciso tocar a campainha.

Katarina – Souvenir, 46 Angliyskaya Naberezhnaya. Uma das primeiras lojas de souvenir de São Petersburgo. O nome Katarina foi em homenagem à imperatriz Russa Catarina II. Está localizada próximo ao Memorial de of Leningrad Defense and the Siege.

Chocolate Museum, Nevsky Prospekt 17. Esculturas em chocolate feitas à mão de animais, carros, bonecas, personagens da Disney e até do Lenin. mas sem nada de muito sensacional

Kuznechny Market, 3 Kuznechny Pereulok. O mercado Kuznechny fica a uma quadra do apartamento de Dostoyevsky’s (museu). É um lugar bem interessante para conhecer de perto um pouco das especiarias russas.

Matrioshka – o famoso suvenir russo

A matryoshka russa veio do Japão no final do século XIX. Rússia experimentou um bom econômico, cultural e crescimento do senso de identidade nacional. Novas tendências artísticas estavam se desenvolvendo , o “estilo russo” cresceu e se concentrou no renascimento das tradições antigas russas.

Em São Petersburgo, Rússia, dezembro de 1896, inaugurou-se uma exposição de arte japonesa. Na  exposição havia um boneco representando um sábio budista chamado Fukuruma . O sábio foi mostrado com uma cabeça careca e um corpo de madeira. Podia ser separado em duas partes na altura da cintura, dentro dele estava outa figura que representava o mesmo sábio mas na idade  mais jovem.

O artista Sergei Malyutin , um dos fundadores ativos e promotores do ” estilo russo ” no arte aproveitou  desta forma japonesa para criar a boneca que representava  uma camponesa de rosto redondo em uma camisa bordada ,uma  blusa e avental.

A boneca foi chamada Matrioshka não  por acaso. Matrona ou Matriosha foi considerado um dos nomes femininos mais comuns. Na raiz está a palavra latina « mater » , que significa mãe. Este nome está associado com a mãe de uma família numerosa , boa saúde e fertilidade.

Âmbar báltico

A região do mar Báltico é o depósito mais conhecido de âmbar, chamado âmbar do Báltico, que tem  cerca de 80% de âmbar mundial. Sua idade é 35-40 milhões de anos ( início do Eoceno – Oligoceno ) As minas mais importantes estão em Kaliningrado e São Petersburgo , Rússia.

Âmbar – um símbolo de felicidade e saúde. Propriedades mágicas de âmbar são muito diversas. Desde os tempos antigos foi usado como um talismã poderoso.

O âmbar é uma fonte de energia criativa. Aumenta a intuição e ajuda em realização dos planes criativos. Traz  boa sorte , alegria e paz, dá vitalidade, preserva a saúde .

Lenços russos

Foram as mulheres russas as primeiras a usar lenços. Nos tempos antigos diferentes cores e desenhos no  lenço  indicavam  a situação familiar.  Depois do casamento  as mulheres não saiam de casa sem cobrir a cabeça.

O  lenço ou xale russo é conhecido pelo mundo graças ao trabalho assíduo de artistas talentosos como artesãos, tecelões e pintores. Eles criaram estampas originais, buscavam a inspiração no arte folclórico russo. A camomila russa e o lótus persa, um cisne e um pavão, flores iranianas e buquês franceses.

Gastronomia

Ninguém sabe ao certo qual membro da família Stroganov,  foi o idealizador do prato, ou se a iguaria apenas “descende” do verbo strogat (picar, cortar em pedaços). O fato é que o estrogonofe de carne foi criado no século XIX  em São Petersburgo e, originalmente, era servido com purê de batatas (ou batatas sauté/fritas) e picles em conserva.

Embora o estrogonofe seja, provavelmente, o prato russo mais famoso mundo afora, o cardápio do país também é composto por outras iguarias que merecem ser experimentadas, a exemplo do Pelmeni, uma espécie de ravióli recheado com carne (cujo molho é de creme de leite fresco). Blinis, é um tipo de crepe, uma massa fitinha que vem dobrada com recheio,  geralmente de ovas de salmão, suor cream e caviar (outra iguaria local famosa), também são imperdíveis.

Ainda quanto a comidas e bebidas típicas, não poderíamos deixar de mencionar a famosa vodka, que está para a Russia assim como o champanhe está para a França. É difícil não encontrar um restaurante ou bar na cidade que não sirva a dose gelada de uma boa marca. No entanto, se a intenção é pagar preços ainda mais em conta, a dica é adquirir garrafas da bebida em algum supermercado – marcas como “Rusky Standard – Русский Стандард”, Beluga e зимняя дорога são bastante apreciadas. 

Já o kvass é uma bebida fermentada bem popular na Rússia e na Ucrânia, é considerada refrigerante nesses países, porque o teor alcoólico é bem baixinho (inferior a 1%).

Restaurantes

Percorso, Voznesenskiy Ave., 1 | Four Seasons Hotel Lion Palace, São Petersburgo

 ☎:+7 812 339-80-44    

Percorso significa “a viagem” em italiano, é sem dúvidas, o melhor de São Petersburgo! Restaurante Italiano do Hotel Four Seasons, muito charmoso e elegante. O Chef Valerio Andrisani criou um menu diversificado que reflete as melhores tradições de todas as regiões da Itália. Tem uma excelente adega e a cozinha é aberta para o restaurante.

Terrasa, Kazanskaya ul., 3, São Petersburgo, Rússia, 19118

 ☎:  +7 812 640-16-16     Site: http://ginza.ru/spb/restaurant/terrassa

A cozinha é uma fusão, mas os principais pratos do menu são típicos russos. O restaurante tem um super alto-astral, gente bonita, comida ótima. O menu é ótimo, pois possui fotos dos pratos o que, na Rússia, é muito importante, pois nem sempre os garçons sabem falar muito bem inglês para poder te explicar o cardápio. Se estiver calor, tente conseguir uma mesa do lado de fora, que tem um visual incrível  para a Catedral Kazan. Acho que para sentar na varanda é necessário reservar. O pôr do sol no verão é imperdível! O restaurante fica no sexto andar, não confundir com uma bar que tem no térreo.

Kupetz Eliseevs Food Hall, Nevsky Prospekt, 56, esquina com Malaya Sadovaya, São Petersburgo   ☎: 7-812-456-66-66

Localizado no prédio Eliseyev Emporium, é um dos mais bem preservados exemplos de construção art nouveau da cidade.

A decoração é super luxuosa e cheia de detalhes. A ambientação é composta de paisagismo de árvores tropicais adornado por uma enorme escultura em formato de abacaxi bem no centro do food hall, na área das mesas. Ao redor do salão estão dispostos vitrines e balcões por seção – doces, padaria, frios etc. Um dos grandes destaques são os doces de marzipã.

Você pode pedir o serviço na mesa ou comprar direto nos balcões. A diferença é que o menu servido nas mesas tem uma versão em inglês está disponível, mas há menor número de opções. 

No subsolo há um restaurante com mais mesas e um menu maior, com mais opções de pratos para almoço e jantar.

Russian Empire, Nevsky Prospect 17. São Petersburgo ☎: +7 812 571 2409

Site: http://russianampir.ru/en/

Palácio Stroganoff, construído em 1752, sob a supervisão da arquitetura italiana Bartolomeo Rastrelli, é uma verdadeira obra-prima do barroco russo. O restaurante está localizado no Palácio Stroganoff, onde foi criado o “estrogonofe”. Sua decoração é do estilo clássico do império russo. As mesas com talheres de ouro de 24 quilates, porcelana exclusiva do século XVIII.

Na-Zdorovie, Bolshoi Prospekt of Petrogradskaya, 13 São Petersburgo   ☎:+7 812 2324039. www.concord-catering.ru

Comida Russa em um ambiente charmoso e descontraído, indicado por uma moradora. 

Receptoria, na Admiralteisky Pr. 10. São Petersburgo ☎:+7 812 3127967.

Lindo restaurante francês, com decoração caprichada e muito charmoso. Cardápio com ótima variedade de carnes, peixes, massas e risotos. A sobremesa,  pequenos cremes burles com calda de frutas vermelhas, montados em cima de pequenos macaroons. Muito bom! 

Tzar (ЦАРЬ), 12 Sadovaya st. (uma travessia da Nevsky Prospekt) São Petersburgo 

A atmosfera deste restaurante do centro de São Petersburgo remonta aos tempos dos czares e czarinas, ou seja, todo glamour é pouco. O lounge é finamente decorado com fotografias de época, mobiliário e belos lustres, um ambiente que automaticamente transporta o cliente para uma época charmosa e de muitos sabores.

É no Tzar que você vai provar de uma vez só todos os pratos russos: strogonoff de carne, sopa borscht, caviar, sopa de caranguejo, pelmeni soberanos (uma espécie de capelete recheado de carne) ou um lobo do mar (robalo) grelhado. Não deixe de pedir de sobremesa o layer honey cake (medovik).

O restaurante faz parte do Grupo Ginza, um conglomerado de restaurantes top na Rússia, cada um mas lindo e cheio de novidades que o outro. Aberto desde 2008, o Tzar é considerado top 5 da Rússia e por lá é possível degustar os caviares mais conhecidos da Rússia.

Dvorianskoe Gnezdo (Ninho dos Nobres), Ulitsa Dekabristov São Petersburgo 190000  21       ☎:+7 812 312 0911 Site: www.dvgnezdo.ru

Situa-se na Casa de Chá do Palácio Yusupov, antiga residência da família mais rica de São Petersburgo e local do assassinato de Rasputin, próximo ao Teatro Mariinski. O restaurante tem dois aconchegantes salões e uma sala de música, onde, à noite, há apresentações ao vivo. Pratos exclusivos, baseados na cozinha francesa e russa, constam do menu. As receitas originais do chef do restaurante estão lado a lado com pratos resgatados a partir das anotações do livro de receitas da família Iusupov: pelmeni de carne de urso ao molho de vinho com fatias de foie gras, esturjão assado à moda aristocrata e filé de renas marinadas em vinho da Borgonha e ervas de Provença.

Até os pratos tradicionais como borsch, strogonoff e ukhá (sopa de peixe) são preparados de acordo com receitas originais da Rússia antiga. Vladímir Pútin e George Bush, Gerhard Schroeder e Helmut Kohl, Catherine Deneuve, Bruce Willis, Paul McCartney e sua esposa e muitas outras estrelas e chefes de Estado jantaram ali. Restaurante muito caro!

Bellevue Brasserie, Kempinski Hotel Moika 22,  São Petersburgo ☎:+7 812 335 9111

Email: fb.coordinator@moika22.com 

Restaurante panorâmico, moderno, localizado no topo do Kempinski Hotel Moika 22, com vista de 360 ​​graus da cidade! Lindo principalmente à noite, quando todos os monumentos de São Petersburgo ficam iluminados.

Serve cozinha francesa e pratos famosos da cozinha russa em um arranjo moderno. Traje informal, mas elegante.

Rustaveli, nab. Reki Moyki, 9 (próximo da Igreja do Sangue Derramado) São Petersburgo

tel:+7 921 598-16-22 Facebook: https://www.facebook.com/rustavelirestaurant#_=_

A culinária do país vizinho, Geórgia (ex-URSS), excelente! É o melhor restaurante de comida georgiana de São Petersburgo. É necessário fazer reserva, porque é pequeno e fica lotado.

Biblioteka, 20 Nevsky Prospekt (esquina com a Rua Bolshaya Konyushennaya)São Petersburgo 

Restaurante ideal para tomar café da manhã, no meio do “buchicho” da Nevsky Prospekt.  Não deixe de provar o layer honey cake (medovik) desse lugar!! 

Medovik – bolo de mel com Smetana

Marketplace, 24 Nevsky Prospekt São Petersburgo

A comida é deliciosa, super bem preparada e com ingredientes frescos. O buffet tem algumas opções de pratos principais e diversos acompanhamentos, daí você vai escolhendo e eles te servem.

Outra ótima opção de café da manhã. Fica um pouquinho depois do Biblioteka, também na Nevsky. O lugar é bonitinho e funciona como um “self-service”. As comidas ficam expostas e você vai pegando e colocando na bandeja, para pagar no final. 

Caviar Bar do Grande Hotel Europe, São Petersburgo

Sugiro o menu degustação, composto de 4 tigelinhas, cada uma com um tipo diferente de caviar: o vermelho de ovas de salmão  e os de ovas de esturjão belga, ostra e sevruga. Caviar esturjão belga, é o mais caro e o mais gostoso. Para acompanhar, vodka é claro!

Segundo os experts do restaurante, o caviar é melhor apreciado em “blinis”, um tipo de panquequinha bem fina, em que se coloca também um pouco de ovo cozido triturado (gema e clara vem trituradas separadamente) e um pouco de suor cream. à mesa vem todo o kit para vc montar suas próprias panquecas, com os ingredientes que preferir, na quantidade desejada, conforme o gosto pessoal.

Casa Yeliseyev, Nevskiy Prospect, 56, São Petersburgo ☎: +7 812 4566666

Delicatessen  charmosa. Perfeito tanto para um café como para uma refeição. É quase um símbolo de São Petersburgo. Lá você pode encontrar de tudo, desde chocolates até ostras gigantes da crimeia. Tem vodkas, caviar e tudo que você quiser levar de lembrança gastronômica da Rússia.

Terrace – W St. Petersburg, 6 Voznesensky Prospekt (Hotel W, próximo a Catedral de Santo Isaac e Almirantado) São Petersburgo Site: http://www.terrace.wstpetersburg.com/en/

Ambiente jovem e animado, quase sempre ao som de um DJ. O lugar tem uma vista maravilhosa, da Catedral de São Isaac e outros monumentos da cidade. Como o local é todo aberto (rooftop do Hotel W), não sei se fica aberto nos meses mais frios.

Dicas de São Petersburgo

– Viajar para a Rússia sugiro ter um guia local, segue algumas sugestões:

Excursiones Catalina, guia Anastasia Kukulevich email:  nijinsky@yandex.ru, fala português, espanhol e inglês fluentemente.  site: www.cadi.spb.ru também em Português.  E-mail: catalina2507@yandex.ru ☎: + 7 953  375 16 88  ☎: + 7 911 822 22 68

Red October, serviço excelente, pegam no hotel, em BMW tipo SVU extremamente confortável, guia falando português. 

Dária, guia profissional de São Petesrburgo, fala português, inglês, italiano e francês   Email: daria.saintpetersburg@yahoo.com ou dashenzia@rambler.ru. ☎: + 8-921-774-66-13.

Nathália, Guia Russa, muito simpática, que fala Português fluente e conhece bem a história da cidade Email: golnata@rambler.ru

•  Na Rússia todo estrangeiro é obrigado a andar com o passaporte, que pode ser pedido pela polícia a qualquer momento e além disso, em algumas lojas você só consegue comprar com cartão de crédito mostrando o passaporte.
•   Cuidado com os batedores de carteiras.
•  Os russos não são tão calorosos, ainda têm um longo caminho no trato com turistas/estrangeiros. Poucos falam inglês, só os mais jovens.
•  Em muitos lugares não pode se fotografar, tanto dentro, quanto a fachada. Em geral, eles avisam, mas se não avisarem ou se não tiver aquele símbolo de proibido fotografar, é bem capaz de aparecer alguém mandando apagar as fotos – polícia, fiscal de museu… O prédio que era da KGB em Moscou, por exemplo, não pode ser fotografado. Surpreendentemente, quase tudo pode ser fotografado dentro dos museus, desde que pagando uma taxa extra.
•  É sempre bom ter o cartão do hotel e o mapa do metrô e das principais ruas tanto em cirílico quanto no alfabeto romano. Decorar como se escreve saída e entrada, banheiro, aquele livrinho de conversação da Folha é uma mão na roda.
•  O trânsito em São Petersburgo é horrível. Engarrafamentos que duram horas. O metrô é sempre a melhor opção, mas fiquem atentos aos horários de vôos, porque, se forem de carro para o aeroporto,  são duas horas de trânsito.
•  Ao entrar na Rússia, Não precisa de visto, o passaporte brasileiro, sem folhas rasgadas, dá para entrar. tem que preencher um rápido formulário em duas vias. A primeira fica com eles, e a segunda você tem que entregar ao sair do país. É muito importante manter esse formulário bem guardado, porque vão pedir mesmo e encrencar se você perder!

Algumas perguntas é para deixar em branco, segue o exemplo:

Surname (Family Name) = Sobrenome igual como está no passaporte
Given Name(s) = Nome igual como está no passaporte
Patronymic = DEIXE EM BRANCO
Date of Birth (Day, Month, Year) = Data de nascimento, no formato dia (2 digitos), mês (2 digitos), ano (quatro digitos)
Sex = marque Male se for homem e Famale se for mulher (sim, estava escrito errado no formulário que eu recebi)
Nationality = escreva Brazil, com Z
Passport or other ID = número do seu passaporte
Visa Number = DEIXE EM BRANCO
Purpose of Travel = sublinhe o motivo de sua visita. Para turismo, sublinhe Tourism
Name of Host Person or Company, locally = DEIXE EM BRANCO
Duration of stay = Duração de sua visita. Preencha colocando a data de chegada depois de From e a data que você vai deixar o país depois de To.
Signature = é só assinar e pronto!

Vale lembrar: regras de visto podem mudar. Sempre consulte o consulado do seu país de destino antes de viajar!

Copiar: Passaporte

O hotel tem que registrar todos os seus convidados com a polícia local, e para isso eles vão precisar do seu passaporte. Logo, não estranhe se você só receber seu documento de volta no momento do check-out. Para previnir qualquer problema, é aconselhável que você faça uma cópia do seu passaporte antes de viajar, no caso de precisar de identificação enquanto seu passaporte está retido.

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